A máscara foi assumindo funções diversas em diferentes sociedades, quer como elemento figurativo quer decorativo. Algumas persistiram à intenção de criação, como é o caso das usadas na Commedia dell`Arte. Nas aldeias de Lazarim, em Lamego, e em Podence, Macedo de Cavaleiros, é a máscara que ainda hoje, confere todo o poder às celebrações do Entrudo e portanto, lhes justifica o título dos Carnavais mais típicos de Portugal.
Remontando o Carnaval às antigas festas da natureza, de cariz agrário, o mascarado - figura dada a tropelias lembrando manifestações de carácter expurgatório - justifica a sua acção com os rituais de transição para a Primavera.
Em Lazarim, as máscaras são feitas de madeira de amieiro pelos artesãos locais e as festividades têm início com a leitura do testamento, onde se expõem os defeitos dos rapazes e raparigas da aldeia.
O ritual chega ao fim quando o testamenteiro anuncia a morte do compadre e da comadre, sendo estes substituídos por bonecos aos quais se ateia fogo, após pendurados em troncos de pinheiro.
Em Podence, os jovens solteiros usam máscaras de lata pintada e mantas de cores fortes, sobretudo vermelho, amarelo e verde.
Faz-se sentir a presença dos Caretos nas ruas da aldeia pelo barulho dos chocalhos e campainhas presos à cintura. No dia de carnaval, juntam-se à festa as “matrafonas” e os “madamos” - homens vestidos de mulher - para alegrar a população.
Faz-se sentir a presença dos Caretos nas ruas da aldeia pelo barulho dos chocalhos e campainhas presos à cintura. No dia de carnaval, juntam-se à festa as “matrafonas” e os “madamos” - homens vestidos de mulher - para alegrar a população.
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