Segundo o Eurostat relativo a dados de 2005 divulgados hoje, num total de 271 regiões da União Europeia, 69 apresentam um PIB per capita inferior a 75% da média da UE, distribuídas por 16 países.
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Em Portugal, são quatro as regiões premiadas:
O Norte com média de €13.399 (59,8%), seguido do Centro com €14.287 (63,8%), depois os Açores com €14.935 (66,7%) e o Alentejo com €15.672 (70%).
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No total, Portugal tem um PIB/per capita de 75,4% (€16.891) face à média dos 27, mas apenas a região de Lisboa está acima dos 100%, com 106,3% (€23.816).
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A 17 de Outubro passado, o Presidente da República afirmava que o facto de Portugal constar na lista dos "dez países em maior risco de pobreza" da UE, com cerca de dois milhões de pessoas nessa situação, o deixava "um pouco" envergonhado. Acrescentando estar "convencido que o Estado só por si não consegue resolver estes problemas" e como tal, a necessidade de "os cidadãos se organizem, trazendo ao de cima a sua consciência social" para combater a pobreza.
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Sabe-se que a realidade da sociedade civil organizada se consubstancia em várias formas de dependência das instituições estatais que personificam política social.
Sabe-se o peso da economia paralela e como competem com os dados oficiais de desemprego mensurável pelo número de inscritos ou subsidiários da Segurança Social.
Sabe-se que é possível fazer mais, mas sabe-se sobretudo que um país da UE com uma taxa de analfabetismo de 10% e uma taxa de iletrados difícil de quantificar - suportada entre outras pelas novas oportunidades de fazer acrobacias para justificar as somas que foram entrando no país com financiamento do fundo social europeu -, que não formou para a realidade do mercado de trabalho e muito menos investiu para a realidade global competitiva e "deslocalizada", não gerou emprego nem produtividade, à margem do desenvolvimento humano sustentável, vai colapsar. Ainda mais.
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E quem é afinal esse tal de Estado, aquele que o Sr. Presidente diz não se bastar a si próprio e o faz envergonhar-se "um pouco"?
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