sexta-feira, 25 de abril de 2008

Vivas à Liberdade

«Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo»

Sophia de Mello Breyner Andresen
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Todos os anos neste mesmo dia, o Salgueiro Maia que há em mim impõe-se-me para dar Vivas à Liberdade.

Há 34 anos não era nascida e como grande parte dos Portugueses, prefiro encantar-me com a visão romântica de uma revolução que distribuiu flores...

Há cerca de 4 anos assisti em Coimbra a uma celebração simbólica, numa das transvessais à Sé velha, perto da casa onde viveu Zeca Afonso. Começou cerimonialmente ao bater da meia noite com o "Grândola Vila Morena", que ecoava pela rua estreita em uníssono cantada por intelectuais, estudantes universitários, ex-combatentes, cidadãos, enfim. E emocionei-me.
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Emociono-me sempre. Com a bravura dos então mancebos chamados a defender a Pátria, com a usurpação dos direitos mais fundamentais, com a Reforma Agrária, os índices de analfabetismo de então e a pobreza instituída; e ainda mais "Porque os meninos inventaram coisas novas", mas as estrelas ainda não são do povo.

1 comentário:

Cpt Jack Sparrow disse...

Com imenso gosto e alegria leio o teu blog.
O 25 de Abril emociona sempre os Tugas. Estes tipos aqui não entendem muito bem o nosso patriotismo. Ficam abismados quando vêem um Português levantar-se sempre que toca o nosso Hino. Nós somos assim. Também não assisti à revolução dos cravos, apesar de ser um "cadito" cota, mas eu como tu, também não fico indiferente.
Despeço-me com beijo para ti com saudade. Até um dia destes.