Há 50 anos neste mesmo dia, surgiram as primeiras emissões televisivas regulares em Portugal. De facto, a caixinha mágica, como é lugar comum chamar-lhe, presenciou e ajudou a mudar valores, formas de estar e hábitos sociais.
Foi cenário da revolução de Abril de 1974 e povoou definitivamente o imaginario da minha geração com os programas do Vasco Granja, as reportagens em tom denunciatório e humorístico do Fernando Pessa, os Tv-rurais do Eng. Sousa Veloso, "o jornalinho" do Carlos Ribeiro, a "Árvore dos Patafúrdios", o suspense do "Hitchcock apresenta", os espectáculos de teatro televisivo, o "Clube dos Amigos Disney", o "Festival da canção", enfim... E a impetuosa "Gabriela" que obrigou os deputados da Nação a antecipar o terminus da sessão de trabalho, quem não se lembra dela?
O presente do actual Presidente da República à aniversariante, é a distinção com o título de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique, por serviços relevantes ao país e da expansão da cultura portuguesa, sua história e valores.
A jovem cinquentenária agradece, mas os espectadores exigem que a prestação do serviço público de televisão nunca se distancie do rigor, imparcialidade, diversidade e qualidade da programação.
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