«Nascer não é complicado. Morrer é muito fácil. Viver entre estes dois acontecimentos não é necessariamente impossível. Para se adaptar, basta seguir as regras e aplicar os princípios, e saber que para toda e qualquer circunstância, existe sempre uma solução, uma forma de reagir e de se comportar, uma explicação para os problemas, porque a vida é apenas e somente uma longa lista de ínfimos problemas, e cada um necessita e deve obter uma resposta. Trata-se de conhecer e de aprender, desde esse instante imediatamente mundano que é o nascimento, a desempenhar o seu papel e a respeitar os códigos que regem a existência. Finalmente, basta controlar as mágoas, chorar em quantidade suficiente e relativa, avaliar a importância da dor e sempre, nos momentos mais difíceis da vida, saber exactamente que lugar lhes concedemos.»
Começava assim o texto de Jean Luc Lagarce, elevadamente interpretado por Isabel Muñoz Cardoso. Corria o ano de 2005, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
Raras são as vezes em que à distância - aquela que o tempo assinala -, uma performance interpretativa, pelo nível de excelência, persiste.
Foi um ano feliz para o FITEI!
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