quinta-feira, 29 de maio de 2008

Lembrando Sydney Pollack

Out of Africa - Realizador e Produtor


The Fabulus Baker Boys - Produtor


Husbands and Wifes - actor

domingo, 25 de maio de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Os "calões" do IDT

Muito se tem dito e escrito sobre o IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência. O mais recente alvo de críticas é o site dirigido ao público jovem (ver Aqui). Pronunciou-se sobre o assunto José Manuel Fernandes do Público, as Associações de Pais, e pronunciam-se na blogosfera Aqui ou Ali.
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Sobre o trabalho do IDT muito há a questionar. Mas palavra de honra que neste caso não entendo o motivo de tanta celeuma. Por causa de um dicionário de calão?? É esse o argumento que fundamenta a opinião das Associações de Pais de que o IDT exalta e promove o consumo?
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Quem convive com crianças/jovens sabe que a primeira coisa que aprendem sobre as drogas é o calão utilizado. Muito antes de na escola ser definido o conceito de droga, já eles sabem que um "charro" é droga. Ouvem dizer que a droga é má e experimentam à mesma. E apesar da informação que vai sendo prestada no âmbito da formação escolar e em grupos que informalmente vão sendo trabalhados, pelo país, o consumo vai aumentando e as modas de consumo também se vão alterando - como confirma, de resto, os últimos resultados dos inquéritos realizados pelo IDT em meio escolar.
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Entenda-se que não defendo a promoção do calão como recurso de intervenção preventiva ao consumo de drogas.
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Sei que na adolescência, o período por excelência de consumos experimentais, a lei que impera é a do grupo. Essa sim, sobrepõe-se a toda e qualquer informação que seja veículada pelos educadores.
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Por isso me é incompreensível que não exista uma efectiva Política de Saúde Pública que invista na Prevenção Primária de comportamentos de consumo aditivo, chamando a si, como parcerios, os actores do problema, ouvindo-os e envolvendo-os como "facilitadores" ou "informadores privilegiados" - por recurso por exemplo, às Associações de Estudantes.
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Está mais do que na altura de se deixar de olhar para estas questões de fora para dentro e de se utilizar dinheiro público em inquéritos que confirmam o trabalho que o IDT persiste em não fazer. Com ou sem calão.

There are Women in Somalia

«Era a minha vez. A avó aproximou-se de mim e disse: “Vão tirar-vos esse kintir comprido, e então, tu e a tua irmã, ficareis puras.” A julgar pelas palavras e gestos da minha avó, esse vergonhoso kintir entre as minhas pernas, o meu clítoris, cresceria tanto que me balançaria nas pernas a cada passo que desse. Pegou em mim e, com uma mão firme, colocou-me na mesma posição que Mahad. Duas mulheres abriram-me as pernas. O homem, provavelmente um circuncisor itinerante do clã dos ferreiros, pegou numa tesoura. Com a outra mão, pôs-se a apalpar e a puxar o que eu tinha entre as pernas, como a minha avó quando ordenhava uma cabra. “Cá está ele, o kintir, cá está”, disse uma mulher. Vi então as laminas a baixarem entre as minhas pernas e o homem cortou-me os pequenos lábios e o clítoris. Ouvi um som, como o do galope do talhante quando retira a gordura da carne. Senti uma dor fulgurante, indescritível, e desatei a gritar. Tinham ainda de me coser: lembro-me da agulha comprida e embotada com que o homem furava os meus lábios ensanguentados, dos meus gritos de angústia e dor (…).

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Adormeci e só acordei ao cair da noite. Tinham-me atado as pernas para impedir que eu me mexesse e para facilitar a cicatrização. Sentia a bexiga a pontos de rebentar, mas já tentara urinar e a dor era insuportável. Coberta de sangue e suor, sacudida por calafrios, o meu sofrimento não acabava. (…) a minha convalescença durou cerca de duas semanas. (…) o homem voltou para tirar os pontos. Mais uma vez, magoou-me muito. Começava por soltar os fios com uma pinça de depilação, depois arrancava-os com puxões secos. (…) Depois disto fiquei mesmo com uma grande cicatriz entre as coxas, que me doía se me mexesse muito, mas, pelo menos, não voltaram a atar-me as pernas e não tinha de ficar deitada todo o dia sem me mexer.».

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«uma mulher baarri é uma espécie de escrava devota. Honra a família do marido e alimenta-a sem discutir ou fazer perguntas. Nunca se queixa, nunca exige seja o que for. É forte no trabalho, mas a sua cabeça aceita tudo. Se o marido for cruel, se a violar e zombar dela, se arranjar outra esposa, se lhe bater, ela desvia os olhos e esconde as lágrimas. E trabalha no duro. Não tem o direito de errar. É uma besta de carga bem domesticada, dedicada, acolhedora e dócil.

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(…)Se a mulher é somali, deve convencer-se a si mesma de que Deus é justo e omnisciente e que Ele a recompensará no outro mundo. Enquanto tal não acontece, os que conhecem a paciência e a resistência da mulher atribuirão este mérito aos pais dela e à excelente educação que lhe deram. Os seus irmãos ficar-lhe-ão agradecidos por ela preservar a honra deles. Gabar-se-ão junto de outras famílias da submissão heróica da mulher. E, se ela tiver sorte, a família do marido apreciará essa obediência. Pode até acontecer que, um dia, o marido a trate como um ser humano.».

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Uma Mulher Rebelde
, autobiografia de Ayaan Hirsi Ali; Editorial Presença, Lisboa, Junho 2007

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Murphy`s Law - I

A adopção internacional é uma hipótese que apenas se coloca quando se esgotam as possibilidades de colocar a criança numa família portuguesa.
Há cada vez mais portugueses a querer adoptar uma criança estrangeira. De 2000 a 2007, o número quase sextuplicou e atingiu um total de 137 candidatos.
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O Procurador-Geral da República defende alterações legislativas que evitem a adopção de crianças por condenados em casos de pedofilia
No caso de Portugal, o registo criminal é um dos documentos obrigatórios para iniciar um processo de adopção, mas tal como noutros países europeus, o cadastro fica em branco entre cinco a 10 anos - seja por um crime de furto, homicídio, pedofilia ou abuso sexual.
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terça-feira, 20 de maio de 2008

Murphy`s Law

If anything can go wrong, it will


segunda-feira, 19 de maio de 2008

"Viva o Cinema" - Oliveira dixit

Manoel de Oliveira recebeu hoje finalmente (como o próprio referiu) a Palma de Ouro, numa homenagem prestada em Cannes pela carreira cinematográfica.
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"Ao longo de um século eu cresci com o cinema e hoje eu sei que foi o cinema que me fez crescer. Viva o cinema!" - exclamou no Grand Théâtre Lumière, onde foi longamente aplaudido. Recebeu o prémio das mãos de Michel Piccoli, afirmando emocionado: "Esta foi a melhor forma de receber este prémio", sublinhando que não gostaria de ser distinguido em competição com os seus colegas realizadores.
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Na cerimónia desta tarde foram exibidos o filme "Um dia na vida de Manoel de Oliveira", realizado pelo presidente do festival, Gilles Jacob, e a curta-metragem documental do Português "Douro faina fluvial".
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Manoel de Oliveira foi presença em Cannes ao longo dos anos, onde estiveram nomeados para a Palma de Ouro: "Os Canibais" (1988), "O convento" (1995), "A carta" (1999), "Vou para casa" (2001) e "O Princípio da Incerteza" (2002). "Viagem ao Princípio do Mundo" (1997) foi distinguido com o prémio FRIPESCI e com o prémio do júri ecuménico, e "A carta" (1999), recebeu o prémio do júri na edição de 1999.

domingo, 18 de maio de 2008

Estu(pi)dos no Mercado

A estatística é uma ciência que dispõe de processos apropriados para recolher, organizar, classificar, apresentar e interpretar conjuntos de dados, determinar as correlações e consequências para descrição e explicação de um acontecimento, e a previsão e organização de futuros comportamentos.
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Acaba por isso por ser uma ferramenta importante e um auxiliar de peso nas diversas ciências, embora se tenha popularizado como instrumento de referência em estudos de mercado ou de opinião. Mas enquanto recurso, deve ser usado com precaução, para não se cair na velha piada dos que lidam com a estatística: se duas pessoas tiverem dois frangos e uma não comer nenhum, terão comido um frango cada um.
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Vejamos um exemplo abordado no artigo de Pedro Ribeiro para o Público, sobre os Hábitos Culturais dos Portugueses:
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A Gfk, uma empresa multinacional de estudos de mercado divulgou um estudo sobre como a população portuguesa ocupa os seus tempos livres. Recorreu a uma amostra de 1036 pessoas e questionou que "actividades de entretenimento" tinham realizado nos 12 meses anteriores.
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Resultados do estudo:
- ver televisão: 96%
- ver DVD: 40%
- ouvir música em leitores de CD ou MP3: 39%
- ler livros: 35%
- navegar na Internet: 31%.
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Para Sandra Ramos, uma das autoras do estudo e account manager da GfK, comparando com dados internacionais, os números revelam que "os portugueses são mais sedentários do que as pessoas de outros países da Europa", possivelmente por uma questão cultural: "Valorizamos muito a casa, a família."
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Metodologia utilizada neste "estudo":
- Os entrevistadores da GfK começaram por pedir aos inquiridos que enumerassem as suas actividades de entretenimento livremente.
- Depois, liam uma lista pré-definida de actividades, indicando aos inquiridos que assinalassem as que tinham realizado.
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Resultados:
Consideremos o caso da resposta "ler livros"
- Apenas 2% a assinalaram como primeira resposta.
- 12% deram outra resposta inicial, mas mencionaram a leitura de forma espontânea, na primeira questão do inquérito.
- 19%, quando o entrevistador leu a lista de opções, mencionaram "ler livros".
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Paralelamente, a lista de opção (da 2ª questão) não incluía actividades como "passear" ou "praticar" desportos - ambas mencionadas espontaneamente por 7% dos inquiridos.
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Ou seja, o facto de actividades como ir ao cinema ou visitar museus não serem mencionadas, não significa que na amostra ninguém vá ao cinema ou ao museu. Significa apenas que os inquiridos não se lembraram de as nomear.

sábado, 17 de maio de 2008

Estado da Alma

Quem já perdeu alguém que ama, sabe o quão insuportavel é a dor da partida. Uma dor de alma tão avassaladora que chega a tornar-se física.
Sabe que ficam sentimentos de uma culpa que se acha que se tem, de que uma resposta diferente num determinado momento poderia ter mudado o fim, que se poderia ter feito mais.
Sabe que o tempo ajuda a gerir a ausência mas não a minorar a falta.
Sabe que uma experiência dessas nos transforma e sobretudo nos fortalece. Por vezes, embrutece.
Sou crente. Cada vez mais. Acredito numa energia universal que independentemente de convicções religiosas nos orienta para um percurso positivo. Afinal, todos somos energia. E a das pessoas que amamos fica connosco. Acompanha-nos após a sua partida.
Convencionalmente designa-se por "Anjo", entes puramente espirituais. E não é este o estado daqueles que partem fisicamente?
Eu tenho alguns anjos da guarda e a minha Danyzinha ganhou hoje um também.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O Império do Efémero

Desde sempre a indústria da moda repescou elementos militares e recriou de forma mais ou menos elegante, vestuário e acessórios.
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Nos últimos dois anos, por exemplo, tenho-me surpreendido com a imensidão de jovens que adoptam como acessório de moda o Keffieh - o lenço em xadrez preto e branco, imagem de marca de Yasser Arafat, e que por isso mesmo se tornou um símbolo dos que lutavam pela emancipação da Palestina - que começou por ser usado pelos Beduínos do Médio Oriente e do Norte de África como protecção de rosto à exposição solar e às tempestades de areia.
Em 2006, a Urban Outfitters promoveu os lenços no seu site sob a bandeira de uma postura "anti-guerra", o que suscitou protestos de descendentes Judaicos nos Estados Unidos e obrigou a marca a apresentar um pedido de desculpa por eventuais ofensas.
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Desde então outras marcas de couture introduziram o Keffieh nas suas colecções e famosos como David Beckam ou Colin Farrell incuíram-nos no seu guarda-roupa.
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Esta está longe de ser uma questão pacífica. A história recente impede-nos/me de dissociar a conotação política ao mero uso fashion. Mas que a discussão pode ter um efeito pedagógico transdisciplinar junto dos mais novos, é inegável.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Socratinices

Quer deixar de fumar?
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Esqueça os adesivos ou a acunpunctura.
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Viaje até Caracas com a TAP!
Ver AQUI, AQUI e AQUI

sábado, 10 de maio de 2008

Bono Vox

Bono faz hoje 48 anitos.

Tenho muito respeito por este activista dos Direitos Humanos que tem na voz a sua arma de combate - e com certeza não de forma ingénua.

I Still Haven´t Found What I`m Looking For, mas também acredito.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Os Jovens e a Política: A demagogia

A anos luz de ser entendida na área política, confesso que não fiquei indiferente ao sentido de humor do Bloco de Esquerda que, a julgar pela notícia do Público on-line, propõe, para contrariar o afastamento dos jovens da política, "uma nova política de direitos e deveres para os jovens", assente em "Três ideias fortes":
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1- O direito de voto aos 16 anos e uma redução do número mínimo de assinaturas para projectos de lei de cidadãos no Parlamento - prevê-se que finalmente o BE consiga apoio parlamentar para a liberalizaçãao das "drogas leves";
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2- Reforçar o "carácter electivo" em todos os órgãos de direcção das escolas e a criação de uma área curricular de educação sexual no último ano de cada ciclo - é obvio que a falta de participação política dos jovens é um problema de formação... sexual;
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3- "combater a precariedade no trabalho", nomeadamente através de um reforço de fiscalização às empresas de trabalho temporário e acabar com os falsos recibos verdes - que é um tema que obviamente motiva, sobremaneira, os jovens de 16 anos a quem o governo quer obrigar a ficar na escola até completarem o 12º ano.

The Italian Man Who Went to Malta

quinta-feira, 8 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Intermitências


"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo"

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 6 de maio de 2008

Orson Wells

Passam hoje 93 anos sobre o nascimento de Orson Wells, cujo salto para a fama foi impulsionado por uma brincadeira de Dia das Bruxas, em 1938, quando produziu uma transmissão de rádio intitulada A Guerra dos Mundos, adaptando a obra de H. G. Wells.

O relato jornalístico de uma imaginária invasão extraterrestre no planeta Terra ficou mundialmente famosa por provocar o pânico nos ouvintes, suscitando a curiosidade mundial sobre o autor da brincadeira.

Because He Got High

Em resposta ao Presidente do Instituo da Droga e da Toxicodependência (IDT), sobre os resultados preliminares do Inquérito Nacional em Meio Escolar, realizado em 2006, a 75 mil alunos do terceiro ciclo do ensino básico e do secundário, o Sr. Secretário de Estado da Educação, Dr. Valter Lemos, afirmou ontem em Coimbra que a estratégia de prevenção da toxicodependência nas escolas tem revelado eficácia.
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"De acordo com o estudo, o álcool permanece, tal como em 2001, a substância psicoactiva que os alunos mais admitem consumir (59 por cento no terceiro ciclo e 88 por cento no secundário, em 2007). A seguir surgem o tabaco, a droga, os tranquilizantes e, à frente dos esteróides, que ocupam o último lugar da lista, os inalantes/solventes, cuja experimentação passou de cinco por cento em 2001, para sete por cento em 2007, no terceiro ciclo, mantendo-se nesse período nos quatro por cento no secundário."
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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Made in China


A tocha olímpica reentrou em território Chinês, ontem dia 4 de Maio, depois de um périplo mundial.
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Conhecidas que são as violações dos Direitos Humanos perpetadas pela China e intensificadas por causa dos Jogos Olímpicos (na tentativa de mostrar ao mundo uma Pequim "harmoniosa", limpa de "indesejáveis") ontem e hoje a Amnistia Internacional realizou várias acções de rua, convidando as populações a carimbarem quatro telas que continham as principais preocupações da Amnistia neste país: a aplicação da pena de morte, a detenção punitiva sem julgamento, a repressão dos defensores de Direitos Humanos e a censura injustificada da Internet.
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As acções decorreram em Lisboa, S. Martinho do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Famalicão. Nos locais pôde também subscrever-se um postal dirigido às autoridades chinesas apelando ao respeito pelos direitos e pela dignidade humana, valores intrínsecos ao espírito olímpico.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Dia de todos os trabalhadores

Segundo dados da ONU, nos países industrializados as mulheres recebem apenas 60 a 70% do salário médio dos homens.